OS SERES VIVOS

Animais e vegetais: células diferentes em seres diferentes

As várias células de um mesmo ser vivo podem não ser exatamente iguais. A sua forma e seu tamanho, bem com o tipo de proporção do material intercelular, variam de acordo com cada tecido. Sendo assim, as células vegetais não poderiam ser também exatamente iguais às animais.

Uma célula animal e uma célula vegetal possuem a mesma estrutura básica: membrana plasmática, citoplasma e núcleo. Entretanto, num exame detalhado ao microscópio, evidenciam-se certas diferenças nessas estruturas.

Além da membrana plasmática, as células vegetais possuem um outro envoltório, mais externo: é a parede celular, com função protetora e de sustentação, e composta principalmente de uma substância denominada celulose. A celulose forma uma rede de fibras que confere pouca elasticidade ao contorno da célula vegetal, contribuindo com a manutenção de sua forma, geralmente poliédrica.

No citoplasma de certas células vegetais da folha encontramos vesículas – minúsculos saquinhos – que contêm uma substância denominada clorofila. São os cloroplastos. Graças a eles, os vegetais são capazes de fazer a fotossíntese, produzindo açúcares (glicose) e outras substâncias.

Ocupando quase todo o citoplasma da maioria das células vegetais e deslocando o núcleo para a periferia celular, encontramos o vacúolo. Nessa grande estrutura são armazenadas várias outras substâncias produzidas pelas células vegetais. Entre essas substâncias estão pigmentos de várias cores (antocianinas, carotenos, zantofilas)

Os cloroplastos são estruturas observadas normalmente apenas em certas células vegetais das folhas. Esses orgânulos não aparecem, por exemplo, nas células que organizam as raízes. Esses órgãos geralmente desenvolvem-se sob o solo, não recebem luz e, portanto, não fazem fotossíntese; logo, suas células não possuem cloroplasto. Mesmo algumas células que recebem energia luminosa não são dotadas de cloroplasto. É ocaso das células que revestem o caule das plantas arbóreas adultas; essas células constituem um tecido morto, chamado súber ou cortiça.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Origem dos seres vivos


Origem dos Seres Vivos


O caos reinante na Terra Primitiva.
A origem dos seres vivos em nosso planeta ainda é uma questão polêmica que envolve desde a hipótese criacionista às teorias evolucionistas propostas pelas diferentes linhas de pensamento no campo científico. 

No entanto, fundamentada na teoria da evolução molecular, acredita-se que a vida tenha surgido a partir da complexidade das combinações entre os elementos químicos, que constituíam o cenário da Terra Primitiva, conforme sugerido pelo biólogo Thomas Huxley (1825 – 1895), retomada posteriormente por John Haldane (1892 – 1964) e aperfeiçoado pelo bioquímico Aleksander Oparin (1894 – 1980). 

Há mais ou menos 4,6 bilhões de anos, suposta época que o planeta Terra se formou em conseqüência da condensação (fusão) de partículas oriundas de uma grande explosão no cosmo (Big Bang), estaria a Terra sobre fortes condições de pressão e temperatura. 

Nesse período não existia uma camada de ozônio (O3) retentora de radiações. Além da radiação ultravioleta, o planeta também era freqüentemente bombardeado por asteróides. 

Segundo eles, ocorriam constantes erupções vulcânicas, emitindo grande quantidade de gases (moléculas): metano – CH4, amônia – NH3, gás hidrogênio – H2 e água H2O, suspensos na atmosfera primitiva. 

O ambiente era extremamente redutor, conseqüente da inexistência ou baixa concentração do gás oxigênio (O2). 

Contudo, os gases formados, submetidos a fortes descargas elétricas, tiveram seus arranjos inorgânicos reordenados. Tais substâncias colaboraram com a gradativa alteração da situação atmosférica e “climática”. A temperatura global foi amenizando a ponto de ocasionar chuvas que precipitavam as substâncias, se concentrando nos mares que se formavam. 

Nos mares, as moléculas aumentavam em grau de complexidade, surgindo então as substâncias orgânicas, transformando os mares em um imenso caldeirão nutritivo. 

Eventualmente, as condições da sopa nutritiva que se formou nos mares, deram origem aos coacervados (junção de moléculas complexas circundadas por uma película de água). 

Evolutivamente, com o abrandamento da turbulenta situação do planeta, os coacervados (sistemas semi-isolados), tiveram suas reações químicas complementadas, efetivando trocas com o meio externo. Cada vez mais elaborados, os coacervados, provavelmente foram se aperfeiçoando a ponto de adquirir composição lipídica, protéica e até ácido nucléico. 

Em 1953, através de uma simulação realizada pelo cientista Stanley Miller, experimentalmente reproduzindo em laboratório o ambiente atmosférico da Terra primitiva, obteve como resultado a formação de diversas substâncias orgânicas, entre elas os aminoácidos alanina e glicina.
Por Krukemberghe Fonseca
Graduado em Biologia
Equipe Brasil Escola

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